Envelhecer? Dantes dizia muitas vezes: estamos sempre a ponto de recomeçar. Agora vou dizendo: estamos sempre a partir do dia a seguir a tudo. O dia do silêncio, da limpeza dos destroços. Outros virão para erguer novas cidades, ou o que quer que seja que use erguer-se nesses tempos que virão. Mas mesmo que a construção comece agora, não serei já eu a fazê-la habitação. Nenhuma melancolia nisso, a não ser aquela que sempre existiu, mesmo quando a desconhecia em mim. Envelhecer? Que a minha companhia não te pese nem te distraia da vida que tens para viver.
Cão existencial 16
Luís Mourão
29.9.06 |
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