Cada livro é uma pedagogia destinada a formar o seu leitor. As produções em massa que inundam a imprensa e a edição não formam os leitores, supõem, de modo fantasmático e primário, um leitor já programado. Embora acabem por formatar este destinatário medíocre que antecipadamente postularam. Ora, por cuidado de fidelidade, no momento de deixar um rastro, eu não posso senão torná-lo disponível para quem quer que seja: nem sequer posso endereçá-lo singularmente a alguém.
Derrida, Aprender finalmente a viver, Ariadne Editora, p. 32
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