Há uma dose de autismo que é inevitável. Por exemplo, quando temos de arrancar a nós mesmos aquilo que não sabemos, porque estamos cegos e incapazes de o encontrar aí por fora. É um dos limites do cansaço, mas é também uma ponte para o descanso possível. Como em tudo, há autismos e autismos. Há Lobo Antunes. Há Rostropovich. E há esta coisa de tresler umas quantas páginas para delas extorquir uma ideia. Ou um esboço de ideia. Ou o seu rasto ténue. Ou ponho lá a ideia que depois hei-de encontrar. O que também é complicado. Sem deixar de ser uma questão de autoridade. Rostropovich tinha essa autoridade. É por isso que a gente ouve e estremece dos dois lados. Do lado do não é assim, e do lado do que se calhar melhor fora que tivesse sido assim.
ps: começou a chover. obrigado.
Epifanias # 25 [que só a si o estudo se ilumine?..]
Luís Mourão
4.11.06 |
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