O trio vive em estado de perfeição. Isso já se ouvia nos discos, mas não há como a actuação ao vivo para se perceber o quanto é verdade. O entendimento faz-se por dentro da música, e os pormenores chegam a valer tanto como o todo: esse momento que percebemos perfeitamente que está a acontecer ali com inesperada naturalidade. Por exemplo: um solo de Jack DeJohnette, com Jarrett e Peacock a dialogarem em fundo sobre o tema principal. Ou o modo como em alguns finais Jarrett parece querer recomeçar e os companheiros sintonizam de imediato, criando-lhe o espaço para essas pequenas derivas. Ou o modo imperceptível como o trio acelera e desacelera.
Tudo esteve perfeito. Mas seria injusto não dizer que Gary Peacock teve uma noite mais-que-perfeita.
Keith Jarrett, Gary Peacock, Jack DeJohnette
Luís Mourão
13.11.06 |
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