Raramente falo aqui do “mundo”, desse mundo político que anda nos telejornais e nos jornais. Abro duas excepções, até porque longamente conversadas com a turma da noite, ontem.
Primeira excepção: o desencanto Xanana Gusmão. Não escolho a palavra em vão. Depois de Mandela, Xanana foi o simples “herói” político num tempo que elegeu duas vezes Bush. Claro, um herói, antes de mais, são as suas circunstâncias, uma conjugação de acasos. Mas é preciso que alguém esteja também à altura dessas circunstâncias. Tudo indica que, agora, Xanana não está. E tudo em Timor parece ir mergulhando para os caminhos mais sórdidos da real politik. Tal como em Angola, má sorte ter petróleo.
Primeira excepção: o desencanto Xanana Gusmão. Não escolho a palavra em vão. Depois de Mandela, Xanana foi o simples “herói” político num tempo que elegeu duas vezes Bush. Claro, um herói, antes de mais, são as suas circunstâncias, uma conjugação de acasos. Mas é preciso que alguém esteja também à altura dessas circunstâncias. Tudo indica que, agora, Xanana não está. E tudo em Timor parece ir mergulhando para os caminhos mais sórdidos da real politik. Tal como em Angola, má sorte ter petróleo.
A outra excepção: a situação na Palestina. O Hamas e a Fatah preparam-se para reconhecer o Estado de Israel. É um passo decisivo em todas as frentes. Inclusive para retirar a Israel um dos seus mais sólidos argumentos para não avançar mais decididamente para as negociações. Mas o que este reconhecimento vai implicar na reconsideração da imagem do outro é gigantesco. Não é apenas um passo político. Ou melhor, será um passo político efectivo na medida em que tiver repercussões na cultura de um povo. Leva o seu tempo. Mas antes tarde que nunca. De parte a parte.
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