Grande cidade, 6 da manhã. No prédio sonâmbulo, sou acordado pela algazarra dos pássaros. Aqui ouço-os, na minha aldeia já me fazem parte dos sonhos, ou do sono leve da madrugada, ou do acordar cedo pelo verão. Noutras circunstâncias teria abstraído de imediato, e tentado dormitar mais um pouco antes de todos os autoclismos começarem a funcionar. Mas lembro-me de há meses ter lido uma cena semelhante no Seta Despedida [não estou em condições de encontrar agora o link]. Acordada bem cedo pelos pássaros, a pergunta que depois sobrou, já pelo café da manhã: para onde foram os pássaros? Respondida por outro blogue alguns dias depois (Dias Felizes? já não tenho a certeza, sorry). Fico a pensar para onde irão os pássaros aqui. Aqui é Pontinha, uma das portas de Lisboa (pelo menos é o que a minha Tia diz). Irão para a beira-Tejo? Alguma mata perto? Não sei nada desta geografia, e na verdade não quero nem preciso saber. Mas a pergunta é poética, na medida em que é o seu tanto tristemente citadina. Na aldeia estão sempre lá, sítios diferentes conforme a hora do dia. Bom, já não vou dormir muito mais. Olha, calaram-se. Quer dizer, já se foram. Se fosse a eles, ia mesmo para a beira-Tejo. Mas eles é que sabem. E se tentasse dormir mais um pouco?
Pássaros e blogues
Luís Mourão
6.6.06 |
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