O mais recente mail a circular entre os ex-casmurros comentava o “efeito de assinatura” em línguas de fronteira, estribando-se na imagem supra. Que do sexo ao futebol e retorno o caminho é bastante percorrido, não é novidade para ninguém. Mas a publicidade, responsável por algumas das mais espectaculares re-conceptualizações da contemporaneidade, dá aquele toque de graça com o qual os conceitos transitam mais velozes entre a retina e o cérebro (sobretudo o reptiliano). E agora que já divaguei intelectualmente sem dizer nada, o que é uma arte que sobre ser casmurra é das de mais difícil conseguimento, concluo em linha recta sem autorização do ex-clube para a reprodução da supra, mas à confiança de despautérios vários mais os imprevisíveis do futebol. Em resumo, e como o Groucho por certo diria, quem, na condição de espectador, gostando de futebol, isto é, do imprevisível, assinaria, em primeiro lugar ou sequer em mero complemento, aquilo que por definição é previsível e mecânico? E contudo, uma empresa poderosa gastou dinheiro na firme convicção de que sim, esses espectadores existem. Eis o mistério. Confesso que está para além das minhas capacidades. O que não é surpresa, porque nós, lá no clube, nunca nos consideramos lá muito capacitados para estes mistérios. Pelos vistos, trabalhar a solo também não aumenta a potência.
Ponto de vista pós-grouchiano
Luís Mourão
16.6.06 |
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