A Leitora, no seu infinito particular (XII)


Não queira ver. Deixe estar assim. Em todo o caso, não é de mim que se trata. Sou apenas a Leitora, convém que não o esqueça. Não, não é um jogo. Nem o jogo consiste em dizer que não é um jogo. Todo o rolo saiu neste estado. Foi há muito tempo, se é que muito tempo se pode aplicar à minha idade. É um daqueles casos em que a inépcia ou qualquer corrupção do material se tornou um instrutor involuntário. Aprendi. Fotografava por causa das histórias, para ter um ponto de apoio que erguesse a memória e a imaginação. Percebi que não precisava. A fotografia nítida é tão essencialmente desfocada como o rolo estragado. Para o que eu pretendia, bem entendido. As histórias. Quando responde ao João Paulo Sousa? Aquele diálogo magnífico merecia uma resposta mais rápida da sua parte. Mesmo com os trabalhos e os dias. Ou está à espera que o JPS escreva sobre a Silvina Rodrigues Lopes e o Adolf Loos? Bom, isso é da sua responsabilidade, não tenho de me meter. Mas basta acerca do meu álbum de fotografias. Reclamo, agora, uma palavra sobre as Variações Goldberg.

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