- Lembro-me da imagem, antes de saber o que ela queria dizer. Um poster no sótão, no meio de vário outros, entre política, cinema e teatro.
- Do seu pai ou da sua mãe?
- Não sei. Mas à data nem se conheciam, eu ainda estava longe. Depois contaram-me muita coisa desses tempos. Brilho e nostalgia, pensei muitas vezes. Mas reconheço-lhes uma coisa.
- Sim, Leitora?
- Nunca disseram que eu fosse devedora. Nunca disseram que eles fizeram e aconteceram, e eu ou outros estivéssemos a desperdiçar. Ou não soubéssemos dar valor. Sempre disseram: é o teu tempo que é simplesmente normal e humano.
A Leitora, no seu infinito particular (XV)
Luís Mourão
25.4.06 |
0 Comments
|
This entry was posted on 25.4.06
You can follow any responses to this entry through
the RSS 2.0 feed.
You can leave a response,
or trackback from your own site.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário