Wislawa Szymborska

Uma das coisas que amo na minha vasta (e já irremediável) ignorância, é que a qualquer momento o mundo se me pode iluminar de descoberta. Não digo por qualquer coisa nova, embora também, mas por qualquer coisa já há muito tempo ao nosso alcance.
Comprei “Instante” por causa 1) da fotografia da autora na badana: um cruzamento remoto de Clarice Lispector nova e Simone de Beauvoir madura; 2) por ter aberto ao acaso em “Platão ou o porquê”; 3) por ser breve e ter possibilidades de se intrometer nos “deveres” de leitura; 4) e por ser bilingue: tenho um especial fascínio (não vou agora explicar porquê) em olhar poemas numa língua que me é incompreensível, e lê-los ao lado como que saídos do nada (isto parece uma explicação mas é só o começo dela).
Começo por esta fotografia, que não é a da badana. Não tem cruzamento nenhum, é só Wislawa Szymborska. Percebe-se melhor depois de ler. Por isso também não vou explicar.

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